E o Paul Mullin?

Confira o que se sabe sobre a ausência de Paul Mullin e as projeções da gestão do elenco para as rodadas finais da League One

A longa e intensa temporada do Wrexham vai se aproximando do final e muita gente começa ou volta a acompanhar o time mais de perto. Nesse cenário, nas transmissões – e posts – da Wrexham Brasil, ecoa a pergunta de um milhão de dólares: e o Paul Mullin?

O atacante, que foi peça fundamental na conquista do acesso para a League One, vive uma situação delicada, marcada pela ausência nos últimos jogos da liga. A última vez que Mullin esteve em campo foi na derrota para o Reading, no dia 28 de janeiro de 2025, quando marcou um dos três gols que tem na competição. Depois disso, ele foi deixado no banco contra o Mansfield e, desde então, não foi mais relacionado para os jogos da liga. Além de sofrer com lesões e a condição física, seu desempenho esse ano não tem sido dos melhores, e nosso artilheiro acumula jogadas perdidas e chances desperdiçadas.

Em meio a essa turbulência, surgiram rumores sobre um possível desentendimento entre Mullin e o técnico Phil Parkinson, após comentários do ex-jogador Iwan Roberts no BBC Feast of Football Podcast. As especulações se intensificaram quando o pai de Ollie Palmer, também de fora há um tempo, reclamou da ausência do filho nas redes sociais. No entanto, essas fofocas foram desmentidas pelo próprio Mullin em seu perfil no X, que respondeu que isso era “nonsense”.

Nosso camisa 10, entretanto, pode recuperar seu espaço e aparecer nessa reta final para, quem sabe, mostrar que ainda tem futebol e pode ser decisivo. A equipe de Phil Parkinson vem enfrentando um desgaste considerável, e na derrota para o Reading, onde fomos superados fisicamente, isso ficou bastante evidente. Além disso, vem encarando confrontos bastante intensos, como o de Wycombe num jogo de muita transição e disputa de bola.

No pós-jogo contra o Wycombe, Phil comentou sobre a maratona de jogos e a questão física dos atletas, e disse que alguns nomes devem ficar de fora para descansar já na próxima partida. Alguns jogadores, como Dobson e Rathbone, mostraram desgaste nos últimos jogos, sendo substituídos por cãimbras ou para prevenção de lesões. Outros estão voltando de lesões recentes, como McClean, Evans e Brunt. A manutenção da condição física dos jogadores nessa reta final será tão importante quanto o esquema tático.

Em entrevista ao The Leader Live, o treinador falou sobre a situação dos jogadores fora do time titular, citando Mullin e Palmer.

“Nós precisamos garantir que o equilíbrio do banco de reservas esteja certo, o que é absolutamente crucial para nós e, todos os dias, estamos monitorando os jogadores e observando os treinos. Quem está em boa forma, quem está pronto no momento. Os jogadores fora do time, como o Mulls e o Ollie, que já fizeram contribuições significativas para nós, estão unidos com o grupo treinando duro todo dia e esperando pela oportunidade, porque você nunca sabe quando esse momento vai surgir, e você precisa estar preparado, assim como o Lewis Brunt estava no fim de semana passado. Ele entrou contra o Wycombe e jogou muito bem.”

Parkinson destaca ainda as estratégias consideradas ao definir os suplentes. “Nós escolhemos o Mo (Faal) no lugar do Jack (Marriott) contra o Reading porque sentimos que Mo era mais adequado às fraquezas do Reading. Já o Wycombe jogou com uma linha mais alta e nós sentimos que Jack seria mais apto para explorar isso, mas ele não entrou porque, quando houve a pausa no jogo, o Sam pôde descansar”.

“Nós analisamos o adversário e decidimos quem, vindo do banco, pode causar mais impacto na partida. Nas últimas temporadas, os gols marcados por jogadores vindos do banco foram fundamentais e nesses últimos nove jogos isso será fundamental, acrescentou o professor.

Paul Mullin não é mais o protagonista que foi nas últimas três campanhas, fato. Mas está longe de ser um jogador dispensável, ainda sabe jogar bola e sabe bem o que é um momento decisivo. Na temporada passada, demorou a engrenar depois da grave lesão, mas foi fundamental na arrancada final anotando 14 gols e 3 assistências nos últimos 13 jogos. No apagar das luzes da League One, ele pode ser importante novamente e, quem sabe, garantir mais uns bons capítulos na sua bela história com o Wrexham.

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Fontes: canal oficial do Wrexham, serviço de estatísticas e jornal The Leader Live.