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O que o Wrexham tem hoje e o que pode conquistar

Confira uma análise do momento vivido pelo elenco e do plano de jogo do time para conquistar seu terceiro acesso seguido.

Estamos na reta final da League One 24/25 e, pela quarta temporada seguida, a equipe do Wrexham figura entre as primeiras posições, firme na briga pela subida de divisão. Em 21/22 o time terminou na segunda colocação da National League e deixou escapar a promoção na final dos playoffs. Daí em diante, foram dois acessos consecutivos pela vaga direta e na temporada atual podemos fazer história mais uma vez ao conquistar o terceiro.

O nível de competitividade foi aumentando e o time soube acompanhar e evoluir cada vez mais. Graças a um projeto bem executado, diretoria e comissão puderam fazer a manutenção da equipe, renovando seu elenco, identificando suas limitações e fazendo seus ajustes para hoje brigar ponto a ponto por uma das duas vagas que garantem o acesso direto. Nesse momento, o Wrexham ocupa a 3ª posição, com os mesmos 68 pontos em 35 jogos do 2º colocado Wycombe Wanderers.

O time atual começou a ser formado ainda na National League, em 21/22 e 22/23, e tem como remanescentes dessa época Mark Howard, Paul Mullin, Ollie Palmer, Elliot Lee, Eoghan O’Connell, Jacob Mendy, Andy Cannon, Ryan Barnett, Max Cleworth e Thomas O’Connor. 

Alguns antigos protagonistas atualmente são reservas e já apontam para um fim de ciclo, seja pela idade e condição física ou pelo nível de competitividade que não conseguiram acompanhar, como Palmer, Mullin, Mendy e Howard. Já Lee, Cannon e Barnett ainda são peças importantes do time principal e Cleworth, O’Connell e O’Connor evoluíram bastante e formam o trio de zaga titular desde a temporada passada.

Enquanto isso, o perfil de contratações na manutenção do elenco mesclou alguns jovens entre 20 e 25 anos com bastante qualidade e potencial, como Okonkwo, Brunt, Revan, Longman e Faal, e jogadores experientes com boa bagagem para suprir necessidades imediatas, como Rodríguez, Smith, Scarr, Dobson, Rathbone e James nessa temporada, e McClean, Evans, Marriott e Fletcher, na anterior. Todos jogadores acostumados com níveis competitivos da League One pra cima.

Hoje o Wrexham tem um grupo cascudo, que sabe o que é vencer, o que é se frustrar e o que é brigar até o final. O time não sobra mais como sobrava na 5ª divisão, nem em qualidade, nem em intensidade, mas é competitivo o suficiente para fazer frente a qualquer adversário. Isso porque sabe ser estratégico numa liga que pede isso.

A temporada é longa e densa, com 46 rodadas, e o Wrexham tem um plantel com uma das maiores médias de idade, principalmente entre os titulares. Somando isso às recentes lesões, é fundamental saber jogar com o que se tem e traçar uma boa estratégia para lidar com as limitações desse contexto.

O Wrexham é o time da League One com mais vitórias por diferença de um gol, conquistando 14 dos 19 triunfos dessa forma. A equipe sabe fazer o necessário e dosar bem seus esforços para se manter competitiva. O segundo colocado nesse quesito é o líder da competição Birmingham, já acostumado com as ligas mais altas.

O plano de jogo do Wrexham fica bastante evidente nas partidas, principalmente nas mais recentes, com o elenco desgastado e maratonas a enfrentar. O time faz valer sua organização e qualidade defensiva para controlar os riscos e garantir solidez, então vai gastando o adversário com o tempo e ataca quando identifica as oportunidades, sem se expor além do necessário. Quando consegue esse controle, pode fazer uma gestão da intensidade e gastar a energia para partir pra cima apenas se estiver atrás do placar.

Geralmente vemos o Wrexham jogando seguro no primeiro tempo e acelerando mais o ritmo a partir dos 60-70 minutos se ainda não estiver à frente do placar. Quando o time abre a vantagem antes disso, guarda sua energia para manter a solidez, responder às mudanças do adversário e se manter atento para atacar quando tiver as oportunidades de ampliar, mas sem forçar demais. Essa gestão permite que o time seja competitivo nos momentos-chave do jogo de acordo com as características dos jogadores que tem à disposição.

O plano tem funcionado bem e não à toa o clube ocupa a posição em que está. Os resultados negativos apareceram quando o time foi pouco eficaz no ataque, ou quando os jogadores se afobaram. Nossas derrotas ou empates ruins quase sempre vieram acompanhados de um grande número de oportunidades de ataque desperdiçadas, seja em tomadas de decisão erradas ou em chances claras perdidas. E boa parte dos gols sofridos tiveram origem em passes precipitados ou erros individuais, muitas vezes por cansaço, físico e mental. Em algumas partidas, claro, somos superados pelo adversário na intensidade ou na qualidade técnica, mas mesmo nesses cenários o time entrega caro o resultado.

As chances de subir novamente são reais e a sequência de jogos é difícil. Mais do que nunca o Wrexham precisa ter concentração e eficácia para ser certeiro em suas estratégias. O time é valente, comprometido e tem totais condições de brigar até o último momento pela promoção. E, subindo ou não, já podemos sentir orgulho dessa equipe, da temporada que vem sendo feita e projetar um futuro ainda mais animador.

Fontes: análise do elenco, dos jogos e de dados dos serviços de estatística.

2 thoughts on “O que o Wrexham tem hoje e o que pode conquistar

  1. Olá bom dia Victor Rodrigues, aqui Mario Couto, aquele que ¨se mete ¨ a dar notas nos finais dos jogos. Bela análise, concordo plenamente cintigo, apesar do elenco parace estar cansado, está fazendo uma campanha pra chegar entre os primeiros e ter alguma chance de subir. Já esteve com mais chances, deixou escapar alguns pontos que poderão fazer falta na finaleira do campeonato, cito vaga direta. Os play-offs são loteria, são dois jogos que o emocional e mais ainda o cansaço podem pesar ainda mais. A chegada de Smith e Jay foram fundamental para um novo gas na equipe, foi visivel a mudança de animo na equipe, acho que faltou uma contratação do mesmo nivel, para tambem dar um novo gas no meio de campo. O jogo da vida vai ser contra o Wycombe, lá na casa deles, dia 15/03, uma vitoria lá nos coloca definitivamente na Champhionship 25/26. Se Deus quiser isso há de acontecer, e os guerreiros do Dragão hão de tirar folego não sei de onde para manter a 2ª colocação até a ultima rodada e FESTEJAR MUITO. Me alonguei demais, desculpa aí, vai um abraço desde Capão da Canoa, RGS.

    1. Olá querido Mario, muito bom que agora está “se metendo” a comentar aqui também. Ótimo complemento à análise, inclusive. O Wrexham deixou uma vaga em aberto ainda na lista de inscritos, que pode ser preenchida por algum meio-campista que venha como “free agent”, ou seja, sem contrato. Já foi especulado o galês de 28 anos Joe Morrell, que já teve passagem pela seleção, inclusive. Ele passou por lesões e está há 1 ano sem jogar aproximadamente, mas pode ajudar se vier em condições físicas, qualidade ele já mostrou. Mas falando do que temos, é isso, concentrar na partida do Wycombe e seja o que deus quiser, haha. Agora é jogo a jogo. Abraços e espero que mais abraços futuros de comemoração!

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